Distúrbios do assoalho pélvico (DAP) são condições comuns, porém frequentemente negligenciadas, que afetam milhões de mulheres ao redor do mundo. Esses distúrbios podem impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres, levando a desconforto, dor e perda de confiança. Felizmente, com as informações corretas e um plano de tratamento adequado, os DAPs podem ser efetivamente gerenciados e, em muitos casos, prevenidos. Este artigo explora as causas, estratégias de prevenção e opções de tratamento para distúrbios do assoalho pélvico, destacando os benefícios da cirurgia minimamente invasiva.
O que são distúrbios do assoalho pélvico?
O assoalho pélvico é uma rede de músculos, ligamentos e tecidos conectivos que suportam órgãos como a bexiga, útero e reto. Os distúrbios do assoalho pélvico ocorrem quando esses músculos se enfraquecem ou são danificados, resultando em problemas como:
• Prolapso de órgãos pélvicos (POP) – Isso acontece quando os órgãos pélvicos (bexiga, útero ou reto) caem de sua posição normal e pressionam contra a parede vaginal.
• Incontinência urinária – Dificuldade em controlar a urina, levando a vazamentos, muitas vezes desencadeados por tosse, espirros ou esforço físico.
• Incontinência fecal – Perda de controle do intestino, que pode ser angustiante e socialmente isoladora.
• Dor pélvica crônica – Dor persistente na região pélvica que pode afetar o funcionamento diário e a qualidade de vida.
Causas dos distúrbios do assoalho pélvico
Uma variedade de fatores contribui para o desenvolvimento dos DAPs:
• Parto – O parto vaginal pode esticar e danificar os músculos do assoalho pélvico, especialmente no caso de bebês grandes, trabalho de parto prolongado ou uso de fórceps.
• Envelhecimento – Conforme as mulheres envelhecem, os músculos e tecidos do assoalho pélvico naturalmente enfraquecem, tornando-as mais propensas a prolapsos e incontinência.
• Mudanças hormonais – A queda nos níveis de estrogênio durante a menopausa pode reduzir o tônus muscular e a elasticidade dos tecidos.
• Cirurgias anteriores – Cirurgias pélvicas invasivas podem alterar as estruturas de suporte do assoalho pélvico.
Prevenindo distúrbios do assoalho pélvico
Embora alguns fatores de risco, como envelhecimento ou genética, estejam fora de nosso controle, existem várias estratégias eficazes que as mulheres podem adotar para fortalecer o assoalho pélvico e reduzir o risco de desenvolver DAPs:
• Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico (Kegels) – Contrair e relaxar regularmente os músculos do assoalho pélvico pode melhorar sua força e resistência.
• Pilates e yoga – muitos exercícios no Pilates e yoga se concentram na estabilidade do núcleo e do assoalho pélvico. Então, praticar regularmente exercícios dessas técnicas pode ajudar a fortalecer e manter a força do assoalho pélvico.
• Terapia do assoalho pélvico – existe uma subcategoria de fisioterapia que foca na força e estabilidade do assoalho pélvico, sendo clinicamente indicada para quem apresenta fatores de risco para disfunção do assoalho pélvico ou possuem sintomas de disfunção do assoalho pélvico.
Opções de tratamento para distúrbios do assoalho pélvico
Se os DAPs se desenvolverem, várias opções de tratamento estão disponíveis, dependendo da gravidade e do tipo de distúrbio. O tratamento varia de abordagens conservadoras a intervenções cirúrgicas avançadas.
O papel da cirurgia minimamente invasiva
A cirurgia minimamente invasiva revolucionou o tratamento dos distúrbios do assoalho pélvico, oferecendo às mulheres soluções eficazes com menos tempo de recuperação e desconforto pós-operatório reduzido. Utilizando pequenas incisões e tecnologia avançada, esses procedimentos minimizam os danos aos tecidos circundantes e diminuem o risco de complicações. Esta abordagem permite maior precisão durante reparos complexos, melhorando os resultados a curto e longo prazo, para mulheres que lidam com condições como prolapso de órgãos pélvicos e incontinência urinária.
Se você está apresentando sintomas de um distúrbio do assoalho pélvico, fale com seu provedor de saúde sobre a melhora atitude a ser tomada, de acordo com as suas necessidades. Um diagnóstico precoce e uma intervenção podem levar a melhores resultados e uma vida mais saudável e ativa.
Texto por Dra. Stacey Pereira e P.A. Deborah Pereira.
WOMEN’S INTEGRATIVE OBGYN & WELLNESS