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Quando foi a última vez que você fez os seus exames femininos preventivos? Recentes pesquisas mostram que existe uma relação entre infecção com o vírus HPV (Human Papiloma virus) e o câncer do colo uterino.

O HPV possui vários sorotipos que são como variações dos vírus. Entre esses sorotipos, alguns são causadores de câncer e outros de condiloma (genital warts). Sabe-se que 85% das mulheres que são sexualmente ativas tiveram contato com o vírus HPV. A maioria combate a infecção sem saber e se cura, mas uma porcentagem pode desenvolver mudanças no colo uterino (cérvix) que pode levar ao desenvolvimento de câncer. Esse fato levou pesquisadores a desenvolver uma vacina, que foi a primeira desenvolvida para evitar câncer: a vacina contra HPV.

Existem dois tipos dessa vacina no mercado: a quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV; e a bivalente, para proteger contra apenas dois tipos. Como a porcentagem de infecção das mulheres que são sexualmente ativas é grande, a recomendação é que se vacine a adolescente antes que ela se torne sexualmente ativa.

Recentemente, a recomendação foi estendida também aos meninos de 9 a 18 anos, pois assim as meninas ficam protegidas de adquirir a infecção e os meninos são protegidos contra o condiloma e câncer do pênis. Essa vacina contra HPV foi estudada primeiro na população feminina até os 26 anos, por isso sua recomendação é para mulheres até essa idade. Mas novos estudos estão sendo realizados para aumentar a faixa de idade em que se pode tomar a vacina.

Ela é dada em três doses, com dois meses entre a primeira e segunda dose, e seis meses entre a primeira e a terceira. Assim como outras vacinas, o fato de estar atrasado com uma dose não significa que você tenha que recomeçar a contagem de vacinação. O fato da(o) adolescente ser sexualmente ativa(o) e de ter exames que mostraram possuir a infecção por HPV não impede que ele ou ela sejam vacinados.

PREVENÇÃO

Além da vacina, uma forma de se proteger contra o câncer do colo uterino é o exame preventivo, com o Papanicolau (Pap smear), o qual detecta mudanças pré-cancerosas nas células e permite o tratamento precoce evitando cirurgias maiores e outras complicações do câncer, como acometimento de órgãos vizinhos com a bexiga e o cólon. Para se evitar o câncer do colo uterino, deve-se também evitar os fatores de risco para desenvolvê-lo, como o tabagismo, as infecções sexualmente transmitidas e os múltiplos parceiros sexuais. Quanto maior o número de parceiros sexuais que a mulher teve, maior a chance de contrair HPV e câncer. E ao contrário do que muita gente pensa, câncer do colo uterino não é hereditário.

Toda mulher que é sexualmente ativa deve ter seu exame de Papanicolau anualmente. Esse exame é preventivo e é coberto pela maioria dos convênios de saúde e, em alguns, até sem co-pay. A recomendação da Sociedade Americana de Medicina de Família e da Associação Americana de Patologia Cervical é que o exame de Papanicolau seja feito a partir dos 21 anos, ou três anos após a iniciação sexual (exemplo: se a iniciação sexual foi aos 16 anos, o primeiro exame deve ser feito aos 19 anos, e assim por diante). O fato de se esperar três anos é que adolescentes podem ter infecções por HPV que são transitórias e não causam maiores problemas. A infecção persistente é o problema.

Há vários estágios antes do diagnóstico de câncer. Esses estágios de pré-câncer, também chamados de displasia, são tratados com procedimentos ambulatoriais. Normalmente começam com uma biópsia por uma colposcopia (exame pélvico realizado por meio de um microscópio, que permite ver mudanças nos aspectos das células e permite remover tecido para exame. Caso a biópsia mostre que há mudanças intensas, pode-se fazer o tratamento também no consultório, com retirada de uma camada de células do colo uterino ou uma biópsia em cone. Esses procedimentos são feitos por um especialista. Após isso, a mulher precisa repetir o exame de Papanicolau a cada seis a doze meses, dependendo do tipo de alteração que foi diagnosticada.

É importante não se esquecer desse exame, pois o câncer do colo uterino é de fácil diagnóstico, é tratável e curável quando diagnosticado a tempo. Uma vida saudável, com uma alimentação rica em frutas frescas e vegetais, melhora a sua imunidade e permite que você lute contra as infecções, inclusive o HPV e assim prevenir o câncer de colo uterino.

 

Texto por Dra. Stacey Pereira Médica Ginecologista e Obstetra e Deborah Pereira
Physician Assistant at Women’s Integrative OBGYN & Wellness

 

 

 

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