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Palavra do momento: inflação. Só se vê as pessoas falando nisso, tudo está mais caro e todos estão sentindo a rápida corrosão dos seus ganhos. Cada vez mais, sobram mais dias ao final do salário do mês.

Não há um único fator que leva à inflação. Um deles é quando existe um consumo maior do que a produção, o que força a elevação dos preços. Essa situação acontece, pois existe um alto poder aquisitivo da população que não se importa em pagar qualquer preço para ter o que deseja.

No entanto, a inflação que estamos vendo tem causa diferente: a queda na oferta de insumos, o que afeta quase todas as áreas da economia mundial.

A guerra na Ucrânia, por exemplo, afetou o mercado alimentício pela queda na exportação de grãos e insumos para a agricultura.

Outras causas foram a queda na oferta de petróleo, que afetou toda a cadeia de produtos, e a pandemia da COVID-19, que completa as “pragas do Egito” de 2022, diminuindo significativamente a mão de obra e, consequentemente, a produção de matérias-primas e produtos acabados, principalmente vindos da China. Essas razões reais levaram à inflação, mas um outro fator ajudou a “colocar mais lenha na fogueira”: a “inflationary Psychology” (psicologia inflacionária).

Essa expressão é usada para descrever o aspecto psicológico e comportamental das pessoas ante um quadro inflacionário. O medo e a crença de que os preços vão continuar subindo devido a inflação levam as pessoas a adiantarem compras que não estavam previstas, como veículos e casas.

Alimentos e produtos de limpeza são outros artigos que passam a ser comprados em grandes quantidades e sendo estocados, o que força a escassez, contribuindo para o aumento contínuo dos preços e, consequentemente, a inflação.

De acordo com o pesquisador e professor da University of Michigan, Richard Curtin, a espiral inflacionária deve continuar, pois as pessoas estão se acostumando em pagar preços elevados e a falta de mão de obra está levando as empresas a se acostumarem a altos salários.

Esse comportamento leva a inflação esperada a se tornar uma profecia autorrealizável. E onde entre o FOMO, ou “Fear Of Missing an Oportunity” (medo de perder uma oportunidade) ou “Fear Of Missing Out” (medo de perder)? O FOMO, assim como a “Inflationary Psychology”, se alimenta do medo das pessoas. Quem não conhece alguém que assumiu uma grande dívida, com juros extorsivos, para aproveitar a “promoção” de uma roupa, um carro ou uma casa?

Há poucos meses víamos pessoas pagando preços muito acima do mercado, por uma casa, só por acreditar que os preços iriam subir indefinidamente. Para alimentar esse consumo não programado, as pessoas buscam financiamentos e empréstimos, principalmente no cartão de crédito, o que leva ao aumento dos juros e o endividamento crescente das pessoas.

E como devemos comportar ante essa situação?

É importante lembrar que a economia é cíclica e que, cedo ou tarde, a situação vai se reverter. Diante disso, o importante é manter a calma, avaliar com frieza a sua realidade financeira e não assumir dívidas desnecessárias, com altos juros. Avalie cada oportunidade e veja se ela não vai acabar saindo mais cara devido aos juros. Faça as compras necessárias, pense em ter um pequeno estoque dos itens de alto consumo só se realmente estiverem em promoção e não vão colocá-lo em dívidas com juros.

Quando voltamos ao início da pandemia, lembramos que houve uma corrida para comprar papel higiênico, mas que logo ficou claro que se pagou mais caro sem razão. Ou seja, tenha calma, haja com prudência e lembre-se de que, como na física, na economia tudo que sobe e desce.

Então cuidado! Como diria o escritor estadunidense Mark Twain: “Sempre que você se encontrar do lado da maioria, é hora de parar e refletir.”

Sucesso sempre!

 

Por Jairo Barreto
Consultor financeiro

 

 

 

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