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"Meditar pôde-se fazer de olhos abertos, caminhando, conversando e até cozinhando!" (Patricia Gonçalves)

Criador do Mindfulness Funcional (MF), Alan Pogrebinschi é também diretor da Escola de Mindfulness Funcional (EMF) e do Centro Brasileiro de Ciência Comportamental Contextual (CECONTE), além de Presidente da ACBS-Brasil (Associação Brasileira para a Ciência Comportamental Contextual).

Seus estudos da meditação tiveram seu início aos 15 anos, quando o mesmo morou na Índia, com o filósofo Osho em pessoa, com quem aprendeu muito sobre meditação e corpo. Hoje, Alan dedica-se ao MF, inclusive como forma de desmistificar o que se entende como meditação, trazendo diversas práticas de como inserir novos comportamentos do dia-a-dia como “Meditações da Vida Real” (MVRs), como traz em seu método.

Atualmente adotada por diversas empresas e escolas, a meditação já é uma realidade e tem participação fundamental em casos de redução de estresse e síndromes de esgotamento, como o Burnout.

Com formação em Economia e em Matemática, pela Cornell University (Estados Unidos), Alan também é Mestre em Psicologia pela University of Derby (Inglaterra). Trabalhou em Wall Street por muitos anos e foi diretor e vice-presidente em grandes bancos, como Morgan Stanley, Lehman Brothers, Barclays e UBS.

Alan Pogrebinschi mora no estado de New York, nos Estados Unidos, criou o curso de Pós-graduação em “Mindfulness Funcional”, uma parceria da EMF e da FATEC do Paraná, no qual as aulas são realizadas todas on-line, sendo parte gravada e parte ao vivo, e também segue ministrando palestras sobre o seu método em todo o mundo.

Confiram abaixo a entrevista concedida por Alan Pogrebinschi sobre o método “Mindfulness Funcional”.

1. O que é o Mindfulness funcional?

O MF é uma forma de viver baseada na amizade com a gente mesmo e na amizade com pessoas que nos fazem bem. Qualquer pessoa pode aprender o MF e transformar a maneira como se relaciona consigo mesmo, deixando de ser muitas vezes o seu (próprio) mais áspero inimigo para ser o seu amigo mais acolhedor. E esse aprendizado acontece - e se mantém - através do relacionamento autêntico com pessoas que despertam o melhor em você.

Para o MF meditação e intimidade são sinônimos. Meditação é o processo de nos tornarmos mais íntimos de nós mesmos e intimidade é estabelecer uma relação meditativa com outra pessoa.

2. É realmente possível meditar de olhos aberto? Como?

Nós podemos meditar enquanto fazemos qualquer outra coisa. O treinamento de meditação nos ensina a agirmos de forma mais consciente e conectada a cada momento da nossa vida. Por isso, é importante praticarmos tanto de olhos fechados quanto de olhos abertos, porque não queremos agir com consciência apenas quando fechamos os olhos! Ao treinar estarmos meditativos com os olhos abertos tornamos mais fácil trazer esta conexão para todas as horas do dia. E a verdade é que os momentos em que mais precisamos agir com consciência costumam ser aqueles em que estamos de olhos abertos, interagindo com outras pessoas e com o mundo à nossa volta.

3. Eu ouvi falar que a meditação ajuda também a ser mais criativo e até mais produtivo. Como artista, ter criatividade é muito importante. Pode me falar mais sobre isso?

O MF é baseado no conceito de flexibilidade psicológica. Aprendemos a lidar com nossos pensamentos, emoções, atenção e até mesmo com nosso senso de “self”, sem rigidez, com flexibilidade. Essa flexibilidade é essencial para o processo criativo.

4. Acho que também deve ajudar a sair da zona de conforto, onde muitos de nós estacionamos, não é?

Sim, mas essa ideia de sair da zona de conforto pode ser perigosa se não prestarmos atenção. No MF nós aprendemos que o importante não é sair da zona de conforto, e sim ser capaz de fazer aquilo que é importante e valioso em nossas vidas - o que muitas vezes implica em sairmos da nossa zona de conforto.

Mas no MF saímos da zona de conforto com uma direção, um propósito. Sair da zona de conforto por sair, sem uma direção, pode fazer mais mal do que bem. Conhecer essas direções valiosas em nossas vidas é uma das primeiras coisas que fazemos no MF.

5. Você poderia dar uma dica para nossos leitores de como usar a arte como meditação?

Qualquer atividade pode se tornar um treinamento de meditação se for feita devagar e prestando atenção. Como é se engajar na sua arte enquanto se mantém como um observador de si mesmo? Mas um observador principiante, que se permite admirar o que você faz como se experimentasse isso pela primeira vez? Como é fazer aquilo que você faz tão bem enquanto ao mesmo tempo se percebe como se nunca tivesse feito nada parecido?

6. Qual a diferença entre o Mindfulness e o MF?

O MF é uma linha de treinamento de mindfulness criada para o ser-humano atual. Enquanto outras abordagens de mindfulness têm a sua origem na importação e adaptação de técnicas de meditação budistas, o MF tem como base princípios de psicologia da ciência comportamental contextual (contextual behavioral science). No MF usamos todos os tipos de técnicas de meditação de outras linhas de mindfulness, mas acrescentamos muitas técnicas de meditação relacional, em que a interação entre as pessoas e a construção de relacionamentos saudáveis é a base da meditação.

Para maiores informações sobre Alan Pogrebinschi, seus cursos e palestras, visite o site https:/www.mindfulnessfuncional.com.br/alan e siga-o no Instagram (@mindfulness_funcional).

(NOTA: Vale ressaltar que informações contidas nesta matéria foram retiradas da biografia oficial de Alan Pogrebinschi e entrevista concedida através da terapeuta e escritora Patrícia Gonçalves).

 

Fernanda Noronha
Cantora, Compositora e Produtora Cultural
Foto: divulgação

 

 

 

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