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Faço reflexões sobre a “coronacrise” e não apenas sobre o COVID-19. São reflexões pessoais de um profissional da área da saúde, de um cidadão e uma análise de uma fração pequena dentro de um mundo tão grande e diverso. Também são sobre o meu ângulo de visão, de quem trabalha de forma contínua com o comportamento humano.

Desde o início desta crise, tenho dito que o COVID-19 foi uma fagulha que caiu num paiol de palha seca. A sociedade atual, em alguns lugares mais e em outros menos, já está doente há algum tempo, tanto no plano físico quanto no mental e intelectual, e tudo só se agravou e deteriorou com a pandemia.

É impressionante como o desespero, o medo, a falta de caráter, o egoísmo, a hipocrisia e a ignorância cresceram e tomaram conta de um espaço ainda maior da sociedade.

Grande parte da mídia, com algumas poucas exceções, exerce mais um papel de agente terrorista do que agente da informação responsável e útil. Tudo em busca de audiência, de mais fama, de dinheiro.

A maioria dos governantes, que deveriam e receberam o poder para conduzir a população, pelo menos em teoria, se mostrou ainda mais despreparada, perdida e se aproveitou da situação de caos, para defender seus próprios interesses e os de seus grupos. Um verdadeiro atentado à vida humana.

Nas mídias sociais, a podridão, o desrespeito e as agressões sobrepujaram as mensagens de otimismo, de conciliação, de apoio e de suporte ao próximo e à sociedade. Um passar para frente contínuo de “informações” sem o mínimo cuidado com a verdade e com os demais. Era um vomitar o que recebiam. E as grandes empresas dessa aérea se mostrando parciais, arrogantes e se considerando as donas da verdade.

E a ciência? Bem, a ciência médica contemporânea há muito já vem se afastando da busca do verdadeiro conhecimento, do saber, focando sua visão apenas no plano da causa material (e mesmo assim de forma parcial e tendenciosa) e abandonando o estudo e a análise das causas da intenção/talento, da forma e da finalidade. Ou seja, vem há algum tempo sendo parcial e não a ciência do vasto e amplo saber.

O que hoje você assiste é algo que nós da área médica já vivenciamos há algum tempo: conflitos de interesses, egos insuflados, ciência do tipo jornalística, em busca de ser notícia e manchete, em busca da fama e do dinheiro, seja nas publicações de revistas médicas, simpósios, congressos ou confecções de protocolos. As críticas feitas por muitos de nós foram colocadas debaixo do tapete da arrogância.

No atual momento, toda essa situação ficou ainda pior, pois deixou de ficar restrita ao meio médico e passou a ser usada em inúmeras aéreas da atividade humana, como trabalho, transporte e relacionamento social, pois essa dita ciência contemporânea passou a ser a referência única, o grande farol na busca de um porto seguro. Mais uma vez, não se deu voz e respeito às ideias divergentes.

Mas, como disse antes, a ciência contemporânea é baseada na causa material. E a matéria é mutável, dúbia, se degrada, se transforma, pode ser vista de vários ângulos. Por exemplo, num momento o ovo e a manteiga são os vilões, o mal; em outro momento, não é bem assim, agora é o glúten, o leite e assim vai. Ou seja, por definição, a ciência contemporânea também é mutável, dúbia, é uma visão de um momento, de uma fração do todo, não tem condição de ser um suporte tão firme para a população. Poderia ser uma referência, mas ao ser imposta como a verdade única e indiscutível, só produz uma sensação irreal, falsa.

Consequências: o desespero, a insegurança, o medo e a falta de referência, já tão presentes em grande parte da sociedade, se intensificaram e se uniram à desesperança e à manipulação. Isso tudo fragiliza ainda mais o ser humano. Seus sistemas, especialmente o imunológico (que o defende dos inimigos), perdem ainda mais a sua eficiência. A doença cresce, se multiplica. A saúde definha.

Mas qual o objetivo deste meu artigo? Jogar pedra no telhado do vizinho? Falar mal, criticar, desvalorizar as atitudes adotadas? Ridicularizar o que está acontecendo? Longe disso. Sou um homem da área da saúde, física, mental, emocional e espiritual. Busco ajudar as pessoas a serem o seu melhor, a construir sua saúde, sua felicidade, seu sucesso, sua real vida. E a sociedade ser a união desses seres, em busca do bem comum.

Meu objetivo principal nesse texto é um convite para todos realizarem uma reflexão profunda. Ir além do “diz que diz”, das notícias, das divergências, dos interesses pessoais, dos embates. Vivemos um momento em que o risco maior não vem puramente dos vírus, de uma doença, das mortes e sequelas, mas sim da perda dos valores e princípios essenciais da vida, saber qual o nosso papel perante a vida, qual o sentido da vida.

Muitos que entraram em desespero, em pânico perante o risco mais eminente, mais presente da doença, da morte, o fizeram porque sentiram, lá nas profundezas do seu ser, que já não estavam vivendo; que, se de repente a morte chegasse, não tinha vivido a vida que queriam. Não tinham vivido a sua real vida.

Então... pensem, reflitam! Quem é você? Qual a vida que você está vivendo? E por quê? O que vem de fora, do exterior, realmente o alimenta? Ou o intoxica? E não me refiro apenas aos elementos materiais, os alimentos, o ar, mas a convivência, o trabalho, as experiências, as emoções, a energia. Aprenda a filtrar, a escolher!

Reflita, especial e seriamente: o que você está alimentando dentro de você, no interior do seu ser? Quem é você? Quem você realmente e verdadeiramente é? Qual a história de vida que você está escrevendo? É essa mesmo que você quer deixar na biblioteca do mundo?

Só você pode escrever a sua história. Das demais você é apenas um participante.

Respeite-se, cuide-se, ame-se!



Dr. Carlos Hanzani
Médico Homeopata e Psicanalista

 

 

 

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