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A moda, em sua essência, é uma forma de expressão pessoal e cultural. No entanto, por muitas décadas, essa expressão foi restrita a um ideal específico de beleza, limitado a determinados tamanhos, etnias e estilos de vida. Nos últimos anos, no entanto, a crescente demanda por representatividade e inclusão no mundo da moda começou a moldar uma nova narrativa, promovendo a aceitação e a diversidade. Abrindo as portas do mundo da moda para a verdadeira diversidade e enfatizando a importância de pessoas reais que, por meio da moda, buscam elevar a autoestima, cuidar da própria imagem e sentirem-se parte de um grupo.
A representatividade é fundamental para garantir que todos se sintam vistos e valorizados. A inclusão não se limita apenas a tamanhos, mas também abrange etnias, idades, gêneros e capacidades físicas. Quando a moda abraça a diversidade, ela envia uma mensagem poderosa: todos têm o direito de se expressar e serem belos em seus próprios termos.
A adoção da moda inclusiva resultou em mudanças significativas na indústria. Marcas que representam a diversidade ajudam a normalizar diferentes tipos de beleza, inspirando indivíduos a se aceitarem como são.
Além disso, essas práticas promovem a autoexpressão, permitindo que as pessoas se conectem com suas raízes culturais e estilos pessoais. Para marcas e designers, essa abordagem não só amplia o público-alvo, mas também cria uma comunidade engajada.
Existem vários segmentos de moda inclusiva entre eles o que busca atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência física, oferecendo roupas que não apenas sejam estilosas, mas também práticas e confortáveis. Essa abordagem vai além da estética, priorizando a funcionalidade e a acessibilidade das peças, permitindo que todos possam expressar sua individualidade por meio da moda.
Um dos principais desafios enfrentados por pessoas com deficiência física é encontrar roupas que sejam fáceis de vestir e despir. Por isso, a moda inclusiva frequentemente incorpora zíperes magnéticos, fechos de velcro, tecidos elásticos e costuras estratégicas que facilitam o uso diário. Além disso, muitas peças são projetadas para acomodar próteses ou equipamentos de mobilidade, sem comprometer o estilo.
Várias marcas estão à frente no desenvolvimento de moda inclusiva. A Tommy Hilfiger, por exemplo, lançou a linha “Adaptive”, que oferece roupas adaptadas para adultos e crianças com deficiências. Essas peças são desenhadas com ajustes especiais, como fechos magnéticos e bainhas ajustáveis, para facilitar o vestuário autônomo.
Outra marca notável é a Zappos Adaptive, que oferece uma vasta seleção de roupas e calçados acessíveis de várias marcas. Eles se concentram em fornecer opções que facilitam o vestir, incluindo calçados que não exigem o uso das mãos para serem calçados.
Além disso, a ABL Denim é uma marca especializada em jeans adaptados para pessoas em cadeiras de rodas, oferecendo peças com cintura elástica e costuras estrategicamente posicionadas para evitar desconforto.
Essas inovações na moda inclusiva estão mudando a maneira como percebemos a moda, promovendo um mundo mais acessível para todos. Ao dar voz e opções a pessoas com deficiência, essas marcas não apenas ampliam seu alcance, mas também promovem a igualdade e o respeito na indústria da moda.
Neste mês de outubro, dedicado ao tratamento do câncer de mama, não poderíamos deixar de falar da importância da moda inclusiva nesse setor que tem ganhado cada vez mais destaque, especialmente em relação às necessidades específicas dessas mulheres que passaram por tratamentos dessa doença. Essas mulheres geralmente enfrentam desafios únicos ao se vestirem, devido a mudanças corporais resultantes de cirurgias, como a mastectomia, e os tratamentos subsequentes. Assim, a moda inclusiva busca não apenas acomodar essas necessidades, mas também promover a autoexpressão, conforto e confiança.
Peças de moda inclusiva para essas mulheres incluem sutiãs pós-mastectomia, que oferecem suporte adequado e possuem bolsos para próteses mamárias. Além disso, tecidos macios e sem costuras são preferidos para evitar irritação na pele sensível. Os designers também levam em consideração a simetria e o estilo, permitindo que cada mulher se sinta bonita e confiante em sua própria pele.
Várias marcas têm se destacado nesse cenário, desenvolvendo linhas dedicadas a essas necessidades. A AnaOno, por exemplo, é uma marca que se especializa em lingerie e roupas pós-cirúrgicas, projetadas por uma sobrevivente de câncer de mama. Seus produtos são desenhados para se ajustar a diversas formas corporais, oferecendo conforto e estilo.
Outra marca notável é a Mastectomy Shop, que oferece uma ampla variedade de roupas íntimas e roupas de banho pós-mastectomia. É conhecida por suas peças elegantes que não comprometem o estilo, permitindo que as mulheres se sintam confiantes em todas as situações.
A Knix também merece destaque, com uma linha de sutiãs adaptáveis e confortáveis, perfeitas para quem passou por mastectomia. A marca é reconhecida por sua inovação em tecidos e design, garantindo que suas peças atendam a uma ampla gama de necessidades.
Essas marcas estão na vanguarda da moda inclusiva, proporcionando às mulheres que enfrentaram o câncer de mama opções que não apenas respeitam suas necessidades físicas, mas também celebram sua força e beleza. A expansão dessa indústria não só atende a uma demanda crescente, mas também envia uma mensagem poderosa sobre a importância da inclusão e da empatia na moda.
A moda inclusiva também vem quebrando outros padrões com marcas como:
• Savage – A marca de lingerie criada por Rihanna é um exemplo notável de inclusividade. Desde seu lançamento, a marca promoveu uma ampla gama de tamanhos e celebra a diversidade de etnias em suas campanhas, quebrando estereótipos na moda íntima.
• Aerie – Conhecida por suas campanhas sem retoques e modelos de tamanhos variados, a Aerie se destacou como uma defensora da aceitação corporal. A marca incentiva as clientes a abraçarem os seus corpos, promovendo uma imagem mais realista da beleza feminina.
• Fenty Beauty – Embora não seja uma marca de moda convencional, a linha de cosméticos da Rihanna revolucionou a indústria da beleza ao lançar uma gama de tons que atendem a todas as etnias e nuances de pele. Isso ajudou a impulsionar a discussão sobre representatividade na moda.
• ASOS – A gigante do comércio eletrônico fez um esforço consciente para promover a diversidade em suas coleções, oferecendo uma linha Plus Size que reflete os estilos da moda contemporânea em tamanhos que vão até 48.
• Chromat – Marca de moda fundada pela designer Becca McCharen-Tran e que é conhecida por celebrar a diversidade. A Chromat inclui modelos de diferentes tamanhos, etnias, idades e identidades de gênero em seus desfiles, promovendo uma imagem positiva da beleza inclusiva.
Além das marcas individuais, diversas iniciativas ajudam a promover a inclusão na moda. Movimentos como o #DropThePlus e o #InspiredByAll pedem uma representação mais ampla de corpos e estilos nas passarelas e campanhas publicitárias. Além disso, eventos de moda focados na inclusão, como o New York Fashion Week, começaram a destacar marcas que representam corpos diversos.
Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer. Para alcançar uma verdadeira representatividade, as empresas devem não apenas ampliar suas linhas de produtos, mas também garantir que suas campanhas de marketing sejam diversificadas e reflexos da sociedade.
Ao celebrar a diversidade em todas as suas formas, a indústria da moda pode desempenhar um papel crucial na construção de uma sociedade mais justa e respeitosa. Marcas que investem em representatividade não apenas reforçam a autoestima de seus consumidores, mas também garantem que todos sejam representados neste vasto e dinâmico universo da moda. O futuro da moda é inclusivo, e todos têm um lugar nessa narrativa.
Você pode participar desse movimento buscando sempre saber a origem das roupas que está comprando e a preocupação da empresa por trás de da produção de cada peça.
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