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Em uma descoberta significativa do Dartmouth College, um estudo recente ilumina o complexo mecanismo de como o cérebro humano regula as emoções. Esse estudo, um dos primeiros do seu tipo, distingue claramente entre os processos de geração e regulação emocional no cérebro, concentrando-se especificamente nas regiões cerebrais envolvidas na regulação das emoções.

Os resultados foram publicados no prestigioso jornal Nature Neuroscience, oferecendo novas perspectivas que podem revolucionar os tratamentos de saúde mental.

A pesquisa identificou o córtex pré-frontal anterior, entre outras áreas, como fundamental na regulação emocional, o que abre caminhos para terapias mais eficazes, possivelmente por meio de estimulação dessas regiões cerebrais específicas. O estudo também destaca a relação entre os neurotransmissores e a regulação das emoções, apontando para novas abordagens farmacológicas no tratamento de desordens emocionais.

Os detalhes cruciais da pesquisa incluem:

• A diferenciação entre as atividades cerebrais associadas à criação e à regulação das emoções, com um foco especial no papel do córtex pré-frontal anterior na regulação.

• A ligação entre a ativação de regiões cerebrais específicas durante a regulação emocional e a resiliência diante de experiências negativas.

• A indicação de que neurotransmissores como canabinoides, opioides e serotonina são significativamente envolvidos na regulação das emoções, sugerindo novas direções para abordagens terapêuticas.

A pesquisa foi conduzida usando métodos computacionais para examinar dois conjuntos de dados independentes de estudos de fMRI (functional Magnetic Resonance Imaging, ou imagem por ressonância magnética funcional em português), coletados anteriormente pelo coautor Peter Gianaros na Universidade de Pittsburgh. Os participantes visualizavam imagens projetadas para provocar reações negativas, como cenas sangrentas ou animais assustadores, enquanto a atividade cerebral era registrada. Posteriormente, eles eram instruídos a recontextualizar o estímulo, pensando de maneira diferente sobre a imagem para torná-la menos aversiva.

A análise da atividade neural permitiu aos pesquisadores identificar as áreas cerebrais que são mais ativas durante a regulação das emoções em comparação com a geração de emoções. O estudo revelou que a regulação emocional, também conhecida como “reavaliação” na neurociência, envolve áreas particulares do córtex pré-frontal anterior e outras hierarquias corticais superiores.

Essas descobertas desafiam os modelos centrados no “límbico” de reavaliação e fornecem novos alvos em nível de sistema para avaliar e aprimorar a regulação emocional. Além disso, os resultados demonstraram que a amígdala, uma região do cérebro relacionada à percepção de ameaças e emoções negativas, responde a experiências aversivas da mesma maneira, independentemente de as pessoas usarem seus pensamentos para regular emoções negativas ou não.

O estudo também explorou os neuroquímicos que interagem com os sistemas de regulação emocional, identificando que neurotransmissores como dopamina e serotonina, que são alvos tanto para drogas ilícitas quanto para tratamentos terapêuticos, podem ser importantes para permitir a capacidade de autorregulação.

Esse avanço no entendimento de como o cérebro regula as emoções não apenas fornece insights valiosos para o desenvolvimento de tratamentos de saúde mental, mas também sublinha a necessidade de abordagens terapêuticas integradas que combinem intervenções psicológicas e farmacológicas.

 

Fontes: Dartmouth College; Nature Neuroscience.

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