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Sabe qual o maior presente que você pode dar a seu filho neste Natal? Antes de lhe contar, vou lhe dar uma dica: este presente não custa nada de dinheiro, mas vale muito. Este presente não se pode embrulhar num lindo papel de presente, mas nunca será esquecido. Para lhe explicar que presente é esse, vou lhe contar uma história de Jesus, o mesmo que celebramos no Natal, na qual a Bíblia relata a história de duas mulheres, duas irmãs: Marta e Maria.
Jesus e Seus discípulos viajavam e chegaram a um povoado onde Marta os recebeu em sua casa. Nessa casa também morava Maria, irmã de Marta. Certamente, as duas sentiram-se honradas com a visita, pois Jesus era amigo daquela família e eles se amavam mutuamente.
O amor de Maria por Jesus era acompanhado de imensa alegria, paz e vontade de estar na presença desse extraordinário Mestre. Marta também amava a Jesus, mas a visita do Senhor lhe gerou preocupação, cansaço, irritação, distração e ansiedade. Além disso, não bastava Marta sofrer sozinha, ela murmurava e reclamava a respeito de sua irmã.
Maria sentou-se aos pés de Jesus e ouvia o que Ele ensinava. Marta, porém, estava ocupada com seus muitos afazeres. Então, ela foi a Jesus e disse: “Senhor, não O incomoda que minha irmã fique aí sentada enquanto eu faço todo o trabalho? Diga-lhe que venha me ajudar!”
O Senhor respondeu: “Marta, Marta, você se preocupa e se inquieta com todos esses detalhes…” (Lucas 10:38-41).
Esse quadro nos coloca diante de duas mulheres que viveram a mesma circunstância, que foi sentir a alegria de ter Jesus em sua própria casa. No entanto, para uma delas a visita de Jesus se tornou um peso, um fardo, enquanto para a outra a presença dele era uma dádiva. Por que as duas mulheres, que amavam tanto Jesus e eram amadas por Ele, tiveram experiências radicalmente opostas sobre a presença de Jesus em sua casa?
Insisto que as duas mulheres amavam a Jesus e eram amadas por Ele. Entretanto, cada uma delas tinha um posicionamento diferente diante da mesma circunstância que experimentaram: uma vendo-a como um peso, e a outra vivendo-a como um presente. Maria entendeu que aquele momento era único, especial; percebeu que deveria priorizar àqueles poucos instantes. Ela realmente se fez presente, e aproveitou verdadeiramente aquele momento. Agindo assim, teve paz e descanso em sua alma.
Já a sua irmã, Marta, considerou que aquele momento era um peso, que talvez aquela nem fosse uma boa hora para Jesus estar em sua casa, ainda que sentisse isso inconscientemente. Se pudéssemos lhe perguntar o motivo, é possível que ela diria: “É claro que eu amo Jesus, e é muito bom tê-lo aqui”. Porém, suas atitudes exteriorizaram aquilo que ela trazia dentro de si. De acordo com o próprio Jesus, Marta estava preocupada e inquieta; ela estava ocupada “com detalhes” do trabalho em sua casa.
A preocupação nos distrai e nos rouba o momento presente, antecipa momentos futuros que podem nem vir a acontecer. A própria palavra que descreve essa sensação fala por si: preocupação, pré-ocupação, ela nos ocupa antecipadamente. A preocupação nos cega a ponto de não enxergarmos e não entendermos as dinâmicas do momento que vivemos. Marta amava a Jesus e Ele estava em sua casa. No entanto, ela se privou de usufruir desse momento tão singular porque se deixou “prender por tantas coisas”.
Jesus conhecia o coração de Marta e foi direto ao cerne da questão: tantas coisas estavam “prendendo”, “inquietando” a sua mente, alma e coração. E, diante disso, Jesus afirmou que “apenas uma coisa é necessária” (v.42).
A história dessas irmãs ensina-me sobre a maternidade, pois me identifico com Marta. Por muitos anos, eu não conseguia compreender o motivo de Jesus repreender Marta em vez de mandar Maria se levantar e ajudar a irmã. Foram anos até eu entender que o problema de Marta não era ela estar ocupada servindo Jesus, mas algo que estava em alma. É preciso ler as entrelinhas para se chegar ao ponto nevrálgico da situação de Mart, que se deixava preocupar, inquietar, prender e distrair por tantas coisas, que aquilo que realmente importava, e, no final das contas, se tornava mais um peso em sua alma já cansada.
Nós, pais e mães, vivemos em um tempo de tantas distrações e de tanta agitação, e corremos o risco de repetir o erro de Marta em nossa vida. Amamos Jesus e amamos os nossos filhos. Importamo-nos verdadeiramente com eles, mas ao permitirmos que tantas coisas nos prendam e nos preocupem, chegamos ao meio da jornada sem sentir o prazer inicial e a alegria plena daquele que fora o nosso sonho. Sendo assim, tiramos os olhos do nosso propósito e olhamos somente para o que é momentâneo. É fácil nos distrair com “os detalhes” e nos esquecer de que apenas pouco é necessário.
Mas, assim como Jesus amorosamente convidou Marta a se lembrar daquilo que realmente era importante naquele dia, convido você a se lembrar quais são, verdadeiramente, as coisas importantes em sua vida. E posso lhe garantir que para aqueles que você mais ama, sua família e seus filhos, não há tem um presente tão importante como o presente da sua presença. E não somente estar presente fisicamente, como Marta estava, mas o presente de estar verdadeiramente presente.
Por Tathiana Schulze
Jornalista e Escritora
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