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Nesta edição, nossa coluna "Comunidade" destaca a história de luta e esperança do Pastor Luis Wesley, uma figura querida e respeitada na comunidade brasileira de Atlanta. Nascido em São Paulo e criado em Santa Catarina, Pastor Wesley trilhou um caminho de dedicação à educação e ao ministério, que o levou a aprofundar seus estudos nos Estados Unidos e a estabelecer uma influente carreira acadêmica e comunitária. Aos 65 anos, ele enfrenta uma luta urgente por um transplante de rim, desafio agravado pela diabetes e pela necessidade específica de um doador vivo. Em uma entrevista tocante, ele compartilha sua busca por um doador compatível, os impactos na sua vida e de sua família, e faz um apelo emocionante por apoio e solidariedade da comunidade. Sua história não é apenas um lembrete dos desafios da doença renal, mas também uma inspiração de fé, esperança e compromisso com a causa da doação de órgãos.

Cia Brasil: Pode nos contar um pouco sobre sua vida no Brasil antes de se mudar para Atlanta?
Pr. Wesley: Sou filho de um ministro metodista. Me casei com Vanice, minha companheira e mãe dos meus quatro filhos, que hoje já são casados e têm seus próprios filhos. Tenho 3 netinhos.

Cia Brasil: Quando e por que você decidiu se mudar para Atlanta? Como foi sua experiência de adaptação?
Pr. Wesley: Me mudei para os Estados Unidos em 1996, para fazer um mestrado e doutorado. Após 6 anos, terminei meu PhD em “Estudos Interculturais”. Morei em Kentucky e Atlanta.

Cia Brasil: Pode compartilhar sua trajetória profissional e acadêmica nos Estados Unidos?
Pr. Wesley: Estudei na Universidade Metodista de São Paulo, no curso de Teologia. Pastoriei algumas igrejas, entre elas a maior igreja metodista da América Latina, Igreja Metodista Central de Londrina. Nos últimos quase trinta anos, voltei para o Brasil e retornei para Atlanta em 2004, quando aceitei um convite da Emory University para trabalhar como professor de missiologia. Este ano completo 20 anos neste trabalho.

Cia Brasil: Como você se envolve com a comunidade brasileira em Atlanta? Existem eventos ou organizações específicas das quais você participa?
Pr. Wesley: Sempre estive engajado com a comunidade brasileira e americana. Moro em Alpharetta e também fundamos a Comunitás United Methodist Church, focada no imigrante brasileiro. Além disso, fui membro do Conselho de Cidadãos de Atlanta.

Cia Brasil: Quando você foi diagnosticado com doença renal? Como isso mudou sua vida cotidiana?
Pr. Wesley: Fui diagnosticado há 6 anos, com capacidade renal de 30%. Uma viagem ao Peru agravou meu problema renal devido ao uso de Ibuprofeno. Desde então, minhas funções renais têm diminuído progressivamente.

Cia Brasil: Como sua doença renal progrediu ao longo do tempo?
Pr. Wesley: Quando a função renal cai abaixo de 20% nos EUA, você é automaticamente colocado na fila de espera para um transplante. O diabetes, diagnosticado em 1997, foi a origem do meu problema renal. Hoje, a eficiência renal está quase totalmente perdida, e o transplante é minha única opção.

Cia Brasil: Como você e sua equipe médica estão buscando um doador compatível?
Pr. Wesley: A fila de espera na Geórgia pode levar de cinco a oito anos. Como meu doador precisa ser vivo, estamos buscando ativamente compatibilidade. Meu tipo de medicação me impede de receber órgãos de doadores falecidos.

Cia Brasil: Pode nos explicar o processo para se tornar um doador de rim?
Pr. Wesley: O processo é simples nos EUA. O doador pode optar por doar anonimamente, preenchendo um formulário online. Tudo o que é necessário é um ID válido. Os interessados podem se dirigir também ao Emory Hospital, onde estou cadastrado.

Cia Brasil: Como os custos relacionados ao transplante de rim e ao tratamento afetaram você e sua família?
Pr. Wesley: O hospital realiza uma série de exames no doador após a compatibilidade ser confirmada. O custo para o doador é zero, pois meu seguro e o hospital cobrem todos os custos.

Cia Brasil: Quais são os riscos associados ao transplante de rim para você e para o doador?
Pr. Wesley: O transplante é um procedimento comum, com riscos quase inexistentes, especialmente para o doador. O maior risco é para o receptor, devido à condição de saúde frágil.

Cia Brasil: Como alguém interessado em se tornar um doador pode entrar em contato com você ou com sua equipe médica?
Pr. Wesley: Os interessados receberão um kit em casa para um teste de urina, que determina a compatibilidade. As informações para contato e o formulário de doador estão disponíveis no final desta matéria.

Cia Brasil: De que forma a comunidade pode ajudar na sua busca por um doador de rim?
Pr. Wesley: Divulgar sobre o programa de doação de órgãos e ser solidário já ajuda. Mesmo quem não for compatível comigo pode salvar outras vidas na lista de espera.

Cia Brasil: Como sua família tem lidado com sua condição?
Pr. Wesley: Minha família e amigos têm sido um grande apoio. Minha esposa é minha cuidadora primária, e a parte emocional tem sido a mais afetada pela nossa luta contra o tempo.

Cia Brasil: Como você vê seu futuro após o transplante?
Pr. Wesley: Mantenho-me positivo e esperançoso de que Deus enviará um anjo para ajudar no transplante. Tenho projetos e trabalhos comunitários que ainda desejo realizar.

Cia Brasil: Que mensagem você gostaria de enviar para aqueles que estão lendo sua história?
Pr. Wesley: Faço um apelo para que considerem ser doadores de órgãos. Doar parte de si mesmo em prol de outro ser humano é um ato de amor inestimável.

Cia Brasil: Como você acredita que sua história pode ajudar a conscientizar sobre doenças renais e a importância da doação de órgãos?
Pr. Wesley: Minha história pode aumentar a conscientização sobre a doença renal e incentivar a doação de órgãos, salvando vidas e enfrentando a escassez de órgãos disponíveis para transplante. Agradeço a Deus, minha família, amigos, irmãos na fé, e à Cia Brasil Magazine por todo apoio. E antecipo meu agradecimento ao futuro doador, cujo ato de amor vem de Deus.

Cia Brasil: Você pode compartilhar recursos ou informações úteis para outras pessoas que estejam passando por situações semelhantes?
Pr. Wesley: Faço um apelo para que nunca ignorem sinais de doenças crônicas. Façam check-ups anuais e estejam atentos a diabetes e câncer. Sejam solidários com aqueles em tratamento.

Para mais informações, contatem Talitha Wesley Laine: 678.793.3497. Link de inscrição para doadores: http://Emorylivingdonor.org

Esta entrevista é um testemunho poderoso da resiliência humana e do impacto que a solidariedade da comunidade pode ter na vida de alguém. A equipe da Cia Brasil Magazine encoraja todos os leitores a considerarem a importância da doação de órgãos e a oferecerem seu apoio ao Pastor Luis Wesley e sua família neste momento desafiador.

 


da Redação

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