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AS CONQUISTAS DE FERNANDA, MARIA CECÍLIA, ADRIANA E MEIRIELLY
 
Fazer faculdade nos EUA é o sonho de muita gente. Muitas universidades americanas estão entre as melhores do mundo. O diploma universitário americano tem um grande valor e é respeitado no cenário mundial, o que incentiva e atrai brasileiros de nossa comunidade a voltarem a estudar.
 
Para os imigrantes que vêm em busca de uma vida melhor para a sua família, ver os filhos crescerem e estudarem é sinal de missão cumprida. Mas o sonho de estudar não é somente para os nossos filhos; muitos adultos realizam essa conquista, mesmo com todas as dificuldades, barreiras da língua e precisar estudar enquanto trabalham integralmente.
 
Neste mês de maio é quando as atividades do ano acadêmico se finalizam. Também é quando acontece a maioria das formaturas universitárias. Então, em homenagem à conquista do tão sonhado diploma universitário, a Cia Brasil trouxe um bate-papo com quatro brasileiras que se formaram pela Beulah Heights University. Confiram o ensaio fotográfico da formatura pela fotógrafa Ana Nobre e as histórias incríveis de Fernanda, Maria Cecília, Adriana e Meirielly.
 


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MARIA CECÍLIA

Natural do Rio de Janeiro, Maria Cecília (ou simplesmente Cecília) é casada e tem três filhos. Apesar de trabalhar no setor da aviação no Brasil e falar inglês no trabalho diariamente, ela ainda não tinha a fluência e vocabulário que gostaria de ter. Então, após visitar parentes em Atlanta pela primeira vez, a brasileira se apaixonou pela cidade e teve o sonho de vir estudar inglês. “A Georgia é um excelente lugar para morar, estudar, criar os filhos e trabalhar”, diz a brasileira.

Entretanto, era muito complicado conseguir um visto de estudante. Naquela época, conta Maria Cecília, que havia uma dificuldade para aqueles que precisavam de um visto de estudante F-1 para estudarem nos EUA. São muitos documentos e traduções, além da dificuldade com a língua. Ela começou a fazer faculdade no Brasil, mas logo decidiu vir estudar nos EUA, inclusive casando-se aqui.

Maria Cecília frequentou as aulas de ESL da BHU e se adaptou muito bem. “Eu cresci e aprendi muito durante minha faculdade aqui. Conheci pessoas do mundo todo, e aprendi com suas culturas. Aprendi a olhar tudo com novos olhos”, lembra a brasileira, que completa falando que “a igreja me ajudou muito também, apoiando e ajudando a estar perto da nossa cultura.”

Cecília começou estudando religião com o curso de Teologia na BHU Associate’s Degree e depois o Bachelor’s Degree, e já iniciou o seu Metrado de Liderança Cristã. A brasileira lembra que existem inúmeras oportunidades para quem estuda aqui nos Estados Unidos, inclusive para quem tem visto de Estudante F-1.

A brasileira também conta sobre o grupo de mulheres que participou – A Sociedade de Mulheres em Teologia – onde desenvolveu um trabalho na organização, produção de eventos e encorajamento de mulheres.

Ordenada pastora no final de 2021, Maria Cecília conta que está trabalhando com uma ONG que presta assistência a pessoas que precisam de ajuda na preparação para o teste de cidadania da imigração com aulas e suporte espiritual.

Para fechar, Maria Cecília ressalta “que estudar é muito importante, e uma maneira de desenvolver o talento que Deus nos confiou. “Eu acredito que podemos influenciar outras pessoas positivamente, a começar do nosso exemplo. O segredo é oração e confiança em Deus e nunca desanimar”, conclui a brasileira.

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MARIA FERNANDA COELHO

Maria Fernanda Coelho é natural do Rio de Janeiro, mas frequentou a high school aqui, e voltou para o Brasil. Lá foi professora de inglês para funcionários offshore em uma petrolífera. Ela decidiu voltar para os EUA e após alguns anos vivendo aqui novamente, resolveu se inscrever para o processo de admissão da faculdade, mesmo em algum tempo sem estudar.

A brasileira escolheu Administração e a notícia da aprovação chegou. Começava assim a jornada acadêmica nos EUA de Maria Fernanda. “Decidi escolher o curso de Administração de Empresas por ser uma área mais abrangente e apresentar um maior número de oportunidades. Estudar não é uma tarefa fácil, especialmente quando os estudos são em um outro idioma. Por isso, requer muita dedicação, empenho, renúncia, esforço e sacrifício. Porém, tudo isso valeu a pena pois este ano finalizei o curso e me graduei com honras e obtive o reconhecimento Valedictorian como a melhor estudante dos formandos de 2022”, conta Maria Fernanda, que ainda foi convidada para fazer o discurso representando todos os brasileiros que se esforçam e buscam realizar o sonho de concluir seus estudos no exterior. “Nunca desista dos seus sonhos, você pode e você é capaz!”, incentiva a brasileira.

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MEIRIELLY DE LIMA BECCA

Meirielly é de Campina da Lagoa, no Paraná. Antes de vir para os EUA, ela cursou Nutrição na Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná. Conheceu seu esposo Silvio Marcondes em 2012, e após o casamento embarcaram para os EUA. O casal tem uma filha de 3 anos. Como a maioria dos imigrantes, Meirielly veio em busca de uma vida melhor e novas oportunidades.

Escolheram morar na Geórgia porque havia uma filial de sua igreja em Atlanta. “Nunca imaginávamos viver tudo o que já vivemos aqui. Em oito anos foram muitas lutas, mas muitas conquistas. Não é fácil estar longe de casa e dos familiares, mas Deus tem nos sustentado”, relembra Meirielly.

Meirielly optou em aplicar para o visto de estudante (F1 visa) para estudar inglês, completando o curso do idioma na Georgia Christian University. Depois se transferiu para Beulah Heights University, sendo aluna da primeira classe do ESL Programa da BHU. Em agosto de 2017, transferiu do ESL Program para o Undergraduate, onde completou seu Bacharelado em Administração de Negócios.

Estudar em uma universidade americana tem muitos benefícios e desafios. “O fato de dominar o inglês ou até mesmo ingressar em uma universidade sem falar inglês é um dos maiores desafios. Apesar de ter feito inglês, quando ingressei na universidade eu tive muita dificuldade e precisei de muito empenho para conseguir realizar as atividades com êxito. Mas com a graça de Deus e muito estudo fui progredindo”, conta.

A brasileira também relata outro desafio de estar conectada e imergida em uma cultura totalmente diferente da nossa: “Precisei romper barreiras e não ter medo de enfrentar o desconhecido. Ter a mente aberta para compreender que existem diversas culturas e costumes diferentes e que precisamos aprender a lidar com elas e principalmente respeitá-las. O que me ajudou muito foi o fato de a universidade ser cristã, com os mesmos princípios e valores que os meus.”

Segundo Meirielly, o processo de ingressar na universidade não foi difícil; o mais complicado e o que pode levar mais tempo é a petição de mudança de status junto à imigração. Ela explica que para ser aceito pela universidade você precisará de documentos básicos, como seu histórico escolar, documentos pessoais, um sponsor e cartas de referências. Além disso, fazer a aplicação requerida pela universidade e efetuar o pagamento das taxas; depois então enviar seu processo com a carta de aceitação da universidade selecionada para a imigração, e esperar até que seu visto seja aprovado.

A brasileira conta que estudar até se formar foi um caminho longo e cansativo. No decorrer do curso ela ainda descobriu que estava grávida e precisou ficar um semestre inteiro de licença, o que atrasou um pouco a sua graduação: “Foram dias bem difíceis e cansativos. Ser esposa, mãe, dona de casa, trabalhar fora e ser estudante em um país estrangeiro não foi uma tarefa fácil. Mas eu lutei muito, eu persisti, foram muitas noites em claro, muito choro, muito desespero, vontade de desistir… Mas a mão do Senhor estava sobre mim e o que me impulsionava era o meu sonho de ter meu diploma universitário.” Meirielly relata ainda que teve bastante apoio de seu esposo, além de pessoas importantes, como a minha irmã e alguns amigos próximos.

Antes de finalizar o seu bacharelado, Meirielly rapidamente se inscreveu para oportunidades de “work study” na universidade onde estudou e foi aceita para a vaga de Assistente Executiva. A brasileira já está colocando em prática o que aprendeu trabalhando full times como assistente do presidente da universidade. Mas ela não parou por aí. Em agosto deste ano, dará início ao seu Mestrado em Administração de Negócios, e não pretende parar por aí até chegar ao PHD.

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ADRIANA BERGAMINI

Nutricionista formada no Brasil em 1994, Adriana é natural de São Paulo capital. Com apenas 21 anos, após se formar já começou a trabalhar como nutricionista em hospitais. Fez 4 especializações (Qualidade em Alimentos, Indústria e Serviços; Nutrição Esportiva; Nutrição Clínica; Educação e Preceptoria no Sistema Único de Saúde) e um Mestrado em Nefrologia, na Universidade Federal de São Paulo.

Ainda no Brasil trabalhou em dois grandes Hospitais em São Paulo e sua experiência profissional sempre foi em área clínica. “Nos últimos 12 anos eu atuei como Nutricionista responsável pelo Centro de Nefrologia e Diálise e Núcleo de Nefrologia do Hospital Sírio-Libanês, prestando atendimento nutricional para pacientes em tratamento ambulatorial. Eu gosto muito de trabalhar com pacientes e com pesquisa, pois é muito gratificante sentir que podemos fazer a diferença na vida de pessoas fragilizadas e que precisam do nosso trabalho”, relata.

Adriana está nos Estados Unidos há 4 anos. Apesar da vida confortável que vivia no Brasil, ela veio buscar novos desafios e sair de sua zona de conforto, e ao mesmo tempo proporcionar um futuro promissor para sua família. Ela escolheu a Geórgia, pois tem familiares aqui, e já havia visitado Atlanta antes.

Ela ingressou no curso de ESL na Kennessaw University e posteriormente migrou para a Beulah Heights University. Ao finalizar o curso sentiu a necessidade de ter em seu currículo um curso na área administrativa ou de liderança, e assim começou a fazer o Mestrado em Liderança (Master in Leadership). “Foram aproximadamente dois anos extremamente desafiadores, pois enfrentamos uma pandemia durante todo este processo”., lembra a brasileira.

Para ser aceita no Master, precisava ter uma boa pontuação no curso de inglês, além de comprovar sua formação prévia por meio de certificados e históricos escolares submetidos no momento da aplicação. Depois de toda a documentação analisada e após uma entrevista com o Adviser responsável pelo Master in Leadership, foi aceita para ingressar no curso.

“Eu tomei conhecimento da Beulah Heights University por uma revista que eu vi numa loja da comunidade brasileira, em Marietta. A partir daí eu fui me informar sobre a universidade e marquei um horário com a coordenadora em Marietta. Foi assim que minha jornada começou”, relata e completa: “Eu só tenho a agradecer a BHU, pois os anos de estudo foram muito valiosos e desafiadores para todos, pois migramos do presencial para o on-line, cheio de incertezas e medos diante do COVID. Mas com os esforços de todos conseguimos atingir nossos objetivos. Não é fácil estar em outro país, em outra cultura, sem saber o que virá pela frente, longe da família e totalmente fora da sua zona de conforto.”

Em sua formatura em Master in Leadership neste mês, Adriana ficou deslumbrada com tudo: “Foi bastante emocionante, a energia foi muito positiva. Foi um ambiente total inclusão, representados por bandeiras de várias nacionalidades. Eu senti a presença de Deus em cada música e na voz de cada cantor. Meu sentimento foi de muita gratidão e de felicidade.”

A brasileira conta também o quanto o mestrado agregou conhecimentos que são importantes tanto na vida profissional quanto em sua vida pessoal, pois sua visão de liderança foi ampliada. “Liderar pessoas é uma tarefa difícil, mas eu parto do princípio de que devemos pensar ‘Como eu gostaria de ser liderada?’ Assim, fazendo esta reflexão eu tentarei ser uma boa líder seja em meu trabalho ou até mesmo em casa”, diz.

Para finalizar, Adriana deixa uma bela mensagem: “Eu sempre parti do princípio que nada é fácil na vida e que nós temos que ir em busca de nossos ideais. Muitas vezes o caminho é árduo, mas não desistam, procurem informações e meios que digam como fazer. Pessoas cruzam nossos caminhos a todo momento, façam o networking e procurem abrir portas. Conhecer pessoas novas, trocar experiências ajuda bastante e faz parte do processo. Sabemos que cruzaremos com pessoas solícitas e outras não solícitas, mas tudo serve de aprendizado. Dificuldades sempre surgirão, mas a gente tem que tentar superá-las. Busquem seus objetivos sempre!”



Da Redação

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