ptenes

Access the Magazine Online

VISITE NOSSAS MÍDIAS SOCIAIS

Contact: 770.256.4524
magazine@ciabrasilatlanta.com

Editorias
Links Úteis

Confiram a entrevista exclusiva concedida pelo cantor e compositor Guilherme Arantes para a artista e produtora cultural Fernanda Noronha, na coluna “Culturalizando”, edição especial.

Sobre a carreira fora do Brasil, Qual a sua expectativa para a turnê Guilherme Arantes USA 2023?

GA: Eu tenho feito shows fora do Brasil há vários anos e a parte que eu mais gosto é estar perto do público que aprecia minha música e que não tem a oportunidade de ir aos meus shows no Brasil.

Você já teve a experiência de apresentar em Atlanta antes? Se sim, qual ano?

GA: Essa será minha primeira vez em Atlanta

Quais estados você já se apresentou nos Estados Unidos?

GA: Florida, Massachusetts, Nova York, Oregon, Washington, Connecticut, Arizona, Nova York, Carolina do Norte, Nova Jersey.

Qual o seu álbum mais recente? Inclui antigos sucessos?

GA: Lancei meu último álbum no ano de 2021. O álbum se chama A Desordem Dos Templários e se trata de um trabalho um pouco diferente do meu repertório tradicional. Durante o ápice da pandemia eu estava em Avila, uma cidade medieval, na Espanha. Nesse período foram sendo adiadas as possibilidades de retornar ao Brasil, com a evolução da crise sanitária. Também se tornou um período de provações adicionais, por conta de uma cérvico-braquialgia incapacitante que me acometeu durante 8 meses em 2020, com algumas recidivas em 2021. Confinado em casa pelas restrições do Estado de Alarma na Espanha e, ainda muito prejudicado, em boa parte do ano, pelas limitações físicas e pela dor excruciante, mergulhei profundamente na leitura e no fluxo poético, rapidamente enchendo um caderno de novas letras que se tornariam embrião de um novo ciclo, a partir desse período atípico da vida e do mundo. Envolto nas névoas de um clima onírico, este é um álbum impregnado de tons medievais, renascentistas e barrocos, misturando à "balada pop" tradicional do composi- tor os elementos fundamentais de uma “concepção musical brasileira”, como o lundu, a valsa, a modinha, a bossa nova, a toada ternária mineira e até o baião. O título do álbum é um delírio influenciado pelo “realismo fantástico”, pano de fundo da cultura reminiscente de uma mocidade vivida em tempos de rock progressivo, viajeiro, com elementos da cultura armorial, do cordel, trazendo através de um olhar ibérico um resgate sonoro de algumas mitologias ancestrais do povo brasileiro. E são todas músicas inéditas.

Sobre o repertório do show, quais hits não podem faltar? Haverá canções em outros idiomas, senão em português?

GA: Modéstia à parte, eu tenho repertório para tocar por muitas horas, muitos dias. Claro que tem as chamadas flagships: Meu Mundo e Nada Mais, cuide-se bem, Amanhã, 14 Anos, Deixa Chover, Planeta Água, O Melhor Vai Começar, Pedacinhos, Cheia de Charme, Brincar de Viver, Um Dia Um Adeus, Lindo Balão Azul, Coisas do Brasil, Marina no Ar, Todo Mês de Maio na Maior, Lagrima de Uma Mulher. Loucas Horas, Muito Diferente, Olhos Vermelhos, Êxtase, Deixa Chover, Taca de Veneno. Eu fiz várias músicas em inglês: Ready for Love, Light and Sound, e uma música em meu álbum mais recente Across the Abyss.

Sobre sua discografia, quantos álbuns gravados? São sempre álbuns autorais?

GA: Meus álbuns são sempre autorais. Ha parcerias em algumas músicas, mas sempre autorais. Eu inclusive gravei um álbum instrumental no ano 2000. São 27 álbuns, várias compilações, uma caixa com as músicas gravadas de 1976 a 2016 e uma biografia em forma de documentário em DVD e em formato de episódios no Youtube (no total 7 temporadas).

Sobre premiações e honrarias, quais prêmios você recebeu ao longo da carreira?

GA: Eu considero meu público o maior prémio de minha carreira. Poder compartilhar minhas músicas e sempre ter uma resposta carinhosa do público é tudo que um artista pode querer.

Gostaria de citar algum momento especial ao longo da sua trajetória? Algum encontro musical (show dividido com outro artista ou parceria numa composição, ou gravação de alguma música com outro artista)

GA: Minha formação principal é ser compositor. Eu acho que tenho um diferencial, pois eu mesmo componho as letras, a música, as harmonias, os arranjos. Poder compartilhar minha obra com meu público e com outros artistas é uma honra enorme para mim. Eu estou na estrada há 50 anos e sou muito grato por ter passado por tantas mudanças no mercado da música e continar com essa paixão incrível pela música, compondo e criando.

Como surgiu a ideia de fazer a versão de My Cherie Amour, do norte-americano Stevie Wonder?

GA: Essa música faz parte de um álbum chamado Clássicos do ano de 1994, em que eu fiz várias versões de sucessos mundiais em português, ao todo 13 músicas.

Ao invés de simplesmente fazer um cover das músicas na lingua original em inglês, eu compus 10 versões em português com colaboração de Nelson Motta, Aldir Blanc e J C Costa Netto nas outras 3. Adorei fazer esse trabalho pois são clássicos incríveis. Além de My Cherie Amour, tem as versões de Bridge Over Troubled Water, Traces, Morning Has Broken, It’s Too Late, Killing me Softly with his songs entre outras.

A pergunta é difícil, mas qual das suas inúmeras canções de sucesso, a que te rendeu a notoriedade no Brasil e exterior?

GA: Acho que cada música teve seu papel, sua importância e essa importância nao cessa. Uma música é como um capítulo de um livro. Cada música que componho é mais um capítulo na minha história. E eu ainda tenho muita lenha para queimar.

Com qual idade, você teve o primeiro contato com a música e quando você teve a certeza de que a música era um caminho a ser trilhado profissionalmente como propósito de vida?

GA: Desde muito pequeno, aos 5 anos. Foi uma infância feliz, com muito sorvete, cinema, soltando pipa e jogando bola (meio perna de pau) – era bom de carrinho de rolimã. Meu pai teve um papel determinante na minha formação musical, tocando seu violão brasileiro (tocava super bem, numa linguagem do regional tradicional, com sambas, sambas-canção, chorinhos). Também foi ele quem sempre levou discos para casa, da bossa-nova aos Beatles, constantemente antenado nas novidades. Pois, não fomos dos primeiros no bairro a ter um Hi Fi – uma vitrola estereofônica, a última palavra…

Aos seis anos eu já tocava um cavaquinho, presente de um Natal, e mais tarde um bandolim. Depois fui encaminhado por meus pais a estudar piano, por volta dos seis anos, quando eles compraram um Kastner de armário, muito bom por sinal, fabricado pela Pianofatura Paulista, com máquina alemã, o que seria mais tarde chamado de Fritz Dobbert… A música sempre soou dentro de minha cabeça, como se houvesse um radinho ali sempre ligado. Talvez por isso em nunca consegui (e ainda não consigo) ficar ouvindo muitos discos. Menino, eu ficava ouvindo música e pensando como deveria ser bom ser aquela figura oculta, o COMPOSITOR, aquele que bola a música, que gera o sinal inicial, o fundamento…

Alguma mensagem para o público de Atlanta sobre seu show no próximo dia 16 de setembro?

GA: estou muito feliz de ter essa oportunidade de compartilhar minhas músicas em Atlanta. Será um show especial com várias participações especiais. Quem vier com certeza vai sentir a música entrar no fundo da alma. Espero por vocês la.

 

Fernanda Noronha
Cantora, Compositora e Produtora Cultural
Foto: divulgação

 

 

 

Copyright © 2014 CIA Brasil. Todos os direitos reservados.
É permitida a compartilhação de matéria e fotos desde que citada a fonte: www.ciabrasilatlanta.com.
Produzido e gerenciado por: Editora Kiron