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Foi então que percebi: eu estava pagando na mesma moeda. Se ele respondia com palavras mínimas, eu também não me esforçava para conversar. Se ele se isolava no quarto, eu não o chamava para se sentar conosco à mesa. Se ele demonstrava indiferença, eu retribuía com o mesmo comportamento.

Como pais, sofremos com certas atitudes dos nossos filhos. Mas a forma como respondemos a elas pode definir o rumo do nosso relacionamento com eles. Quando agimos movidos pela irritação e raiva, corremos o risco de danificar essa conexão e perder o coração dos nossos adolescentes, criando um distanciamento difícil de recuperar.

Ao contrário, quando escolhemos seguir o princípio bíblico de pagar o mal com o bem, lançamos sementes de amor no solo do coração dos nossos filhos — sementes que, com o tempo, darão fruto. Tratar com irritação, ressentimento ou desprezo um adolescente que já está enfrentando tantas mudanças físicas, hormonais e emocionais não traz transformação. Como diz a Palavra, é a benignidade que conduz ao arrependimento (Romanos 2:4).

Oferecer amor, misericórdia e respeito justamente quando eles menos merecem é um ato de obediência espiritual e uma ponte de reconexão. Isso não significa abrir mão dos limites ou da correção. Precisamos alertá-los sobre comportamentos destrutivos como a ingratidão, a murmuração e o desrespeito. Mas corrigir em amor é diferente de reagir com raiva.

A Bíblia nos ensina, em 1 Coríntios 13:4-7:

“O amor é paciente e bondoso.
O amor não é ciumento, nem presunçoso.
Não é orgulhoso, nem grosseiro.
Não exige que as coisas sejam à sua maneira.
Não é irritável, nem rancoroso.
O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.”

Se eu afirmo que amo meu filho, serei paciente com ele, porque o amor é paciente. Terei compaixão da fase que ele está enfrentando e serei bondosa, porque o amor é bondoso.
Se realmente o amo, não serei grosseira, nem irritável, e, mesmo quando não vejo os frutos ainda, continuarei crendo, esperando e semeando. Porque o amor nunca desiste, nunca falha.

Sim, nem sempre é fácil amar nossos filhos adolescentes dessa forma. Em meio a atitudes ingratas, rebeldia ou indiferença, especialmente quando lembramos dos sacrifícios que fizemos por eles, é difícil não se sentir rejeitado e ferido. Mas alguns princípios nos ajudam:

  • Deus nos amou quando ainda éramos Seus inimigos. Ele nos capacita a amar nossos filhos mesmo quando não merecem. (Romanos 5:10)
  • Essa fase de transição é cheia de desafios. Mudanças hormonais, sociais e emocionais podem deixá-los confusos. Precisamos nos lembrar disso e ter compaixão. (1 Pedro 4:8)
  • Nós somos os adultos nesse relacionamento. Cabe a nós determinar o tom da relação e não o contrário. (Malaquias 4:6)

Voltando à viagem em família, depois de refletirmos, conversamos com nosso filho e pedimos que ele checasse seu coração. Demonstramos que sua presença era desejada e importante. E, com o tempo, ele passou a se envolver mais, com mais gratidão. Não será a última vez que precisaremos estender misericórdia e escolher o amor em vez da frustração — mas esse é o caminho que o amor nos convida a seguir: permanecer.

“O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.”
Um dia, profecias, línguas e conhecimento desaparecerão, mas o amor durará para sempre.
– 1 Coríntios 13:7-8

 

Por Tathiana Schulze
Jornalista e Escritora

 

 

 

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