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Talvez um dos maiores ensinamentos de Jesus, o que nos mostra quem Ele é, qual é o seu caráter, foi o ensino de servir. Enquanto todos os discípulos estavam entendendo tudo errado e discutindo quem seria o braço direito de Jesus quando Ele se tornasse o homem mais importante de Israel, Ele pegava uma criança no colo e dizia que quem quisesse ser o maior, deveria ser o menor.

Esse mesmo Jesus era o que se preocupava se a multidão iria ter comida para jantar. Era o que servia uma refeição para Pedro depois deste traí-lo, e que lavava os pés imundos de terra dos seus discípulos. Jesus era um servo. Ele não servia de vez em quando, por intimidação ou com mau humor. Servir era uma consequência de quem ele era e de como ele via e se relacionava com o mundo. Servir era parte do seu caráter.

Já a nossa cultura humana atual quer ser servida, valoriza os que têm muito: muito dinheiro, muita fama, muitas pessoas para servi-los.

Tenho uma amiga muito querida, pela qual tenho grande consideração. Ela se casou com um homem que não é cristão e tem uma forma diferente de ver o mundo como ela vê. Honestamente falando, ele é uma pessoa extremamente egoísta. Todas as decisões tomadas por ele buscam somente o seu próprio benefício. É extremamente exigente com o cuidado da casa, mas não ajuda em nada. Quando os dois tiram férias, são os passeios que ele quer, os restaurantes que ele decide. Ele sofreu muito na infância e, como consequência, é bastante imaturo emocionalmente. Muitas vezes pensei em como ela conseguia estar feliz num relacionamento como esse. A resposta de minha amiga foi: “Se Jesus pode servir a todos ao seu redor, por que eu não posso servir meu marido? Por que não posso ser eu a que vou lavar os pés? Eu vou fazer o que a Bíblia me ensina, vou servi-lo com alegria, vou ter uma atitude correta para que mesmo sem palavras, ele possa conhecer a Deus pelo meu testemunho” (1 Pedro 3:1 e 2).

Quando amamos ao próximo como a nós mesmos, o servir vira parte de quem somos e nos traz alegria, paz e realização. Não servimos para sermos amados ou reconhecidos, mas servimos porque, quando vemos uma necessidade, temos alegria em poder ajudar.

Voltando à história do começo, os discípulos estavam brigando porque alguns queriam ser os mais importantes durante o reinado de Jesus, e quando os outros ouviram isso ficaram indignados.

“Foi então que Tiago e João, filhos de Zebedeu, chegaram mais perto dele e lhe solicitaram: ‘Mestre, desejamos que nos concedas o que vamos te pedir’. E lhes indagou Jesus: ‘Que quereis que Eu vos faça?’ Ao que rogaram: ‘Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda...’. Assim que os outros dez ouviram esse assunto, ficaram indignados contra Tiago e João. Jesus, por sua vez, os convocou e orientou: ‘Sabeis que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Contudo, não é assim que ocorre entre vós. Ao contrário, quem desejar tornar-se importante entre vós deverá ser servo; e quem ambicionar ser o primeiro entre vós que se disponha a ser o escravo de todos. Porquanto, nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos’.” (Marcos 10.40-49 KJA).

O que vivemos hoje, de cada um buscar seu próprio interesse, não parece ser novidade. Jesus disse que, já naquela época, as pessoas gostavam de mostrar sua importância dominando, exercendo poder e sendo servidos pelos outros. Mas Jesus disse: “não será assim entre vocês… Entre vocês quem? Os que querem me seguir, que querem se parecer comigo, que querem ser chamados de discípulos!”

Em um lar cristão, numa família que tem seus valores firmados na Rocha, os relacionamentos entre esposo e esposa, pais e filhos, devem ser baseados nesse princípio de serviço mútuo, de ajuda, de servir e cuidar um do outro com alegria. Assim sendo, a dinâmica de uma família, que tem Cristo como o centro, é um amando ao outro, um servindo ao outro. O marido não se acha mais importante porque trabalha fora enquanto sua esposa fica em casa “simplesmente” cuidando das crianças; a esposa não se sente ressentida porque está servindo sua família. O marido honra a esposa pela posição que ela ocupa dentro da família e vice-versa.

Quando os dois trabalham fora de casa, o trabalho não é feito em termos de competição ou disputa para decidir quem é mais bem sucedido, quem ganha mais, quem recebe mais reconhecimento. Cada membro entende que o bem de um é o bem de todos, que a vitória de um é a vitória de todos. Que quando um cresce todos crescem, que quando um sofre todos sofrem. Os pais servem e amam os filhos, os filhos servem os pais e os honram e todos vão aprendendo que é melhor dar do que receber (Atos 20:35).

 

Por Tathiana Schulze
Jornalista e Escritora

 

 

 

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