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Alguns anos atrás, quando meus filhos ainda eram bem pequenos, fomos ao Brasil visitar os familiares por um longo período de tempo. Meu marido, como sempre, me ajudava a cuidar das três crianças com carinho. Como não temos família morando por perto, sempre fez parte da rotina trabalharmos em equipe.
As pessoas, observando a ajuda dele com as crianças, exclamavam: “Como seu marido a ajuda com as crianças!"; ou “Uau! Ele é um paizão!”. Embora eu ficasse feliz em ouvir os elogios que ele recebia, porque realmente é um excelente pai, fiquei com ciúme ao ouvir: “Agora eu entendi porque você teve três filhos juntinhos... O pai deles faz tudo."
Meu sentimento de justiça própria levantou-se naquele momento e pensei: “O quê? Ninguém vê e reconhece tudo que eu faço quando ele está trabalhando e eu estou sozinha. Não mereço reconhecimento?"
De repente me peguei ressentida com os elogios que meu marido recebia. Não porque não o amo ou não reconheço o quão duro ele trabalha para prover à nossa família e o quão abençoada sou de tê-lo do meu lado. Mas, simplesmente, porque tantas vezes minha alma quer reconhecimento; porque, infelizmente, às vezes transformo esse lindo ministério da maternidade em um trabalho. Um trabalho que necessita de reconhecimento público, de promoções, de elogios e de remuneração. Um trabalho no qual existe competição de quem faz mais ou de quem é melhor. Mas a maternidade é exatamente o oposto disso. Jesus nos disse em Mateus 6:3:
“Tu, porém, quando deres uma esmola ou ajuda, não deixes tua mão esquerda saber o que faz a direita.” Isso me incomoda porque vivemos em uma cultura que dá credibilidade a quem se destaca e defende os seus direitos, àquele que recebe todos os créditos e elogios pelo seu trabalho. Qualquer tipo de ato de generosidade precisa estar debaixo dos holofotes, dos olhares, do Facebook ou do Instagram. Todo trabalho duro precisa ser reconhecido.
A beleza em ser mãe, entretanto, é que a recompensa vem de uma forma tranquila e longe dos olhares; vem de saber que a única motivação para fazer o que fazemos é o amor; o amor verdadeiro que vem de Deus, que nos ama primeiro, e nos capacita a amar nossos filhos sabendo que nada do que eles fizerem pagará todos os sacrifícios que fazemos como mãe. O amor que não busca por pagamento ou por recompensa, mas que se alegra em simplesmente poder dar.
Então, já não importa de quem ou para quem são os elogios, se os outros reconhecem o meu esforço ou se tudo que faço fica em segredo, pois a maternidade não é um trabalho, mas um dar-se totalmente por amor; e isso só acontece quando estamos longe dos holofotes.
Em uma sociedade na qual o que importa é aparecer, não importa como, é provável que nos sentiremos tentadas a achar que o nosso trabalho de mãe não é importante, que é um trabalho sem reconhecimento e sem valor. Mas quero lembrá-la que tudo o que você faz por seus filhos pode passar despercebido aos olhos dos outros, mas não é invisível. Pelo contrário, tem valor eterno.
E ouso a dizer que nenhum trabalho é tão parecido com o ministério de Jesus como o trabalho de uma mãe: ensinar com paciência, cuidar, amar, perdoar, encorajar. Dia após dia, nas simples atividades corriqueiras, estamos gerando; gerando alegria, esperança, propósito, identidade e cura na vida dos nossos filhos.
Então, quando se sentir tentada pela autopiedade, achando que ninguém vê tudo que você faz, lembre-se: Deus vê. E Ele disse que aquilo que é feito em amor e não é visto nem reconhecido pelos homens, será visto e recompensado por Ele mesmo, o próprio Deus.
“Quando ajudarem alguém necessitado, não façam como os hipócritas que tocam trombetas nas sinagogas e nas ruas para serem elogiados pelos outros. Eu lhes digo a verdade: eles não receberão outra recompensa além dessa. Mas, quando ajudarem alguém necessitado, não deixem que a mão esquerda saiba o que a direita está fazendo. Deem sua ajuda em segredo, e seu Pai, que observa em segredo, os recompensará.” (Mateus 6:2-4).
Feliz Dia das Mães!
Por Tathiana Schulze
Jornalista e Escritora
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